Professor não é gente!

De fato, o título já fala por si.
Todos os dias alunos desenfreados vão em busca de seus professores com inúmeras dúvidas e anseios.

Alunos pensam que os professores, por já terem estudado mais, e possuírem uma experiência maior, são os donos da verdade, ou pelo menos deveriam ser.

Todo professor tem a obrigação de saber tudo, responder quando o aluno precisa, realmente, é necessário que se sanem as dúvidas, mas, muitas vezes, um estudante pode contribuir muito mais para um aluno do que ele imagina.

A verdade é cruel, mas professor, por mais que os alunos não o vejam como, também é gente. Estudou em algum lugar, se formou, tem dúvidas, anseios, problemas, complicações e paixões.

O mundo não começou a partir do momento em que entramos nele. Às vezes temos essa sensação, de que as pessoas que vieram antes de nós já estão prontas, mas o fato é que elas ainda estão em formação, como todos nós.

Agora, é interessante observar o momento em que o aluno descobre que o professor tem falhas. Interessante não, um caos na verdade. É nesse momento em que a revolução se inicia.

Quando um professor demonstra características imperfeitas (humanas), o aluno perde o respeito (ou mesmo a admiração) por ele. É triste, mas é a verdade. Claro, existem as raras exceções de alunos que tem a idéia do professor como um ser humano, cheio de falhas, desde que essas não afetem na sua formação.

É talvez seja isso. O que está em jogo é o futuro do estudante, então ele realmente quer de seus professores o mais próximo possível que puder chegar da perfeição. Justo? Como qualquer fato na vida, tudo tem dois lados. Talvez justo para o aluno, que busca ser o melhor profissional possível no futuro. Mas para o professor? Justo em partes. Ele com certeza deve ser a base do conhecimento do aluno, mas o aluno tem que compreender que como ser humano, quem leciona também erra (e como erra).

Acho que uma música do Biquini Cavadão resume bem a visão do aluno em relação a isso: “Errar não é humano, depende de quem erra”. Realmente, errar não é humano, chega a ser quase um instinto. Julgar, criticar, esperar, controlar, inspirar, estimular, preocupar, estressar...isso sim é humano. Talvez não o stress, pois inúmeros animais fazem coisas “bizarras” quando estão em nível alto de stress, como os hamsters que comem suas patas, por exemplo.

Em um ambiente universitário, o stress é inevitável, e o homem, como animal racional, acaba sendo bastante tomado pelo seu lado animal, e seguindo instintos muitas vezes destrutivos.

Coitados dos que estão na frente quando um aluno toma esse rumo, tenho realmente dó por quem os atura, e plena compaixão.

Termino dizendo que os professores devem ser loucos, a única explicação que vejo é essa. Pois são humanos, mas estão em constante julgamento, fase probatória e tentando sempre agradar os sanguinários que se dizem alunos. Somente loucos (ou masoquistas) para conseguir levar uma vida como essa. Mas dizem que às vezes compensa. Às vezes.


Tatiana Oliveira, aluna filha da pauta!



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Editorial

Faculdade. Você sai do ensino médio, daquela rotina em que as responsabilidades – que não são tantas – não passam de “estudos”, festas, mais festas e professores que passam as matérias da mesma maneira que passavam no tempo de nossos pais. Achávamos que essa responsabilidade era grande, pois no último ano, ah!, no último ano teríamos que fazer uma escolha importante em nossas vidas: o que faríamos para o resto dela, que carreira seguir.
Muitos de nós começaram em outros cursos e acabaram por se aventurar no Jornalismo, nesse dia a dia sem descanso
a não ser na hora das saídas , sem trégua de leituras, fichamentos, resenhas, trabalhos, seminários... enfim, tarefas intermináveis, textos inúmeros que realizamos e ainda iremos realizar para conseguir o tão esperado diploma, que não é mais obrigatório para o exercício da profissão.
Então, diante de tantas frustrações, emoções, alegrias, críticas, expectativas e mudanças que ocorreram e ainda têm que ocorrer, achamos necessário criar este espaço para despejar nossas vontades, pensamentos, opiniões e desabafos sobre nosso curso e sobre a profissão jornalística em si. É por isso que juntamos diversas personalidades fortes e divergentes, para que a “informação” aqui passada não seja fruto de só um conhecimento de mundo, como diria Paulo Freire, mas seja fruto da união do espermatozóide da notícia com o óvulo da vontade de trazer a verdade à tona, dando origem ao que somos hoje, à pauta que nos pariu!
Filhos da Pauta


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